Foto de Foto Rocha (data provável: 1963)
Classificado como Imóvel de Interesse Público - Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
O pelourinho de Paredes foi erguido em data incerta, mas pelo menos um século antes da elevação da aldeia à categoria de vila, em 1844. O monumento já fora referenciado em 1758, junto do antigo tribunal e cadeia. Foi demolido em 1870, por iniciativa da vereação, e restaurado mais tarde, provavelmente na primeira metade do século XX. Ainda que possua muitos elementos claramente datados da reconstrução moderna, integra certamente outros originais, de bastante interesse.
O pelourinho assenta sobre plataforma de três degraus quadrangulares, de aresta, estando o primeiro parcialmente embutido no pavimento lajeado. A base da coluna é formada por um paralelepípedo liso, encimado por tabuleiro quadrangular muito saliente. A coluna tem fuste cilíndrico e liso, ligeiramente galbado, encimado por anelete rebordante. O remate é composto por um largo tabuleiro quadrangular, com pequenos pilaretes cilíndricos, rematados por anéis rebordantes e meias esferas, erguendo-se em cada ângulo. Ao centro levanta-se uma larga pedra de armas, decorada com o escudo nacional coroado, entre rica ornamentação barroca. O escudo régio parece fazer conjunto com aquele que encima a porta do edifício dos Paços do Concelho, por detrás do pelourinho. O monumento é muito semelhante aos de Paços de Ferreira e Louredo, também no distrito do Porto.
Curiosidade: nas armas do pelourinho existem duas águias (aquila, aquilare, aguiar), por referência ao concelho de Aguiar (de Sousa), do qual Castelões de Cepeda passou a ser sede a partir do séc. XVI. (Enviado por Ivo Rafael)
In: IGESPAR - Sílvia Leite